Algumas empresas ambicionam a criação de chips para implantação cerebral, embora exista riscos associados. A ONU (Organização das Nações Unidas), através da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) promoveu uma conferência em Paris para debater as preocupações éticas da neurotecnologia, alertando para a ameaça à liberdade e privacidade dos pensamentos.
A ONU está preocupada com empresas que desenvolvem implantes cerebrais baseados em inteligência artificial (IA). A aplicação desses chips no cérebro humano é arriscada, por isso, ser debatido na conferência da UNESCO, sobre as implicações éticas da neurotecnologia.
Mariagrazia Squicciarini, economista da UNESCO, comparou o uso da IA na neurotecnologia a esteroides. A conferência discutiu a ética no tratamento de problemas neurológicos.
“A conclusão é que existe uma total falta de proteção; de facto, não se pode imaginar menos proteção para os dados do cérebro.”
Rafael Yuste, pesquisador do Centro Nacional de Neurotecnologia da Espanha e da Universidade de Columbia, apresentou um estudo sobre acordos de empresas do ramo.
Embora a neurotecnologia possa melhorar vidas, também pode aceder e manipular o cérebro, expondo identidades e emoções, segundo ressalva de Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO.
Em 2021, a UNESCO desenvolveu um manual ético para a IA, adotado por 193 países, com foco em direitos humanos, paz, diversidade e ambiente. A UNESCO defende um quadro regulamentar internacional.
A ONU pede expansão e diversificação na pesquisa de neurotecnologia e IA. Atualmente, apenas 10 países produzem mais de 80% das publicações em neurociência, e seis países detêm 87% das patentes de neurotecnologia.
Fonte: Pplware
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Systems Support Professional na empresa Jolera, Information Technology Manager na prova Azores Rallye e estudante da Licenciatura em Informática na Universidade dos Açores.
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