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Mel pode ser o ingrediente que faltava para “chips”  

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Indíce

Aclamados por alguns como o futuro da computação, os chamados sistemas neuromórficos são muito mais rápidos e utilizam muito menos energia do que os computadores tradicionais. O mel foi incorporado como o ingrediente que faltava para o desenvolvimento de “chips”.

Os engenheiros da Universidade do Estado de Washington (WSU) demonstraram uma nova forma de os tornar orgânicos, após descobrirem que o mel pode ser usado para fazer um memristor.

Segundo a equipa, o mel é processado numa forma sólida, sendo colado entre dois elétrodos, conseguindo assim simular uma sinapse humana

A experiência permitiu descobrir que o memristor de mel biodegradável, é capaz de reproduzir sinapses humanas, com capacidade de ligar e desligar muito rapidamente, mantendo alguma informação.

Atualmente, a equipa planeia o desenvolvimento numa nano escala de 1/1000 de um cabelo humano, e juntá-los para criar um sistema informático neurofórmico completo.

Muitas empresas, como a Intel e a IBM, já lançaram chips neurofórmicos, equivalente a a mais de 100 milhões de “neurónios” por chip, porém ainda estão longe de conterem o número existente num cérebro humano.

“O mel não se estraga. Isto significa que estes chips de computador serão muito estáveis e fiáveis durante muito tempo.

Feng Zhao 
Professor associado, Escola de Engenharia e Informática da Universidade Estadual de Washington

Renováveis e biodegradáveis 

Atualmente, Zhao e a sua equipa procuram utilizar proteínas e outros açúcares, tais como os encontrados nas folhas de aloé vera, em alternativa ao mel. 

“O mel não se estraga”, afirma. “Tem uma concentração de humidade muito baixa, pelo que as bactérias não conseguem sobreviver nele. Isto significa que estes chips de computador serão muito estáveis e fiáveis durante muito tempo”

Referem juntamente que os chips memristor de mel desenvolvidos, desenvolvem níveis mais baixos de calor do que os sistemas neuromórficos, menor que os computadores tradicionais.

É importante perceber que os memristors de mel ajudarão reduzir os resíduos eletrónicos, “criando sistemas neuromórficos renováveis e biodegradáveis”.

Segundo Zhao, “quando queremos eliminar dispositivos que utilizam chips de computador feitos de mel, podemos facilmente dissolvê-los em água”.

Zhao refere que tal como agora, os utilizadores ainda vão ter de evitar derramar o café sobre os seus computadores. 

Fonte: Euronews 

Gosta de artigos cujo tema seja a tecnologia e a Inovação? Leia este artigo para descobrir mais novidades nessa área!

Autor

  • Luís Costa

    Systems Support Professional na empresa Jolera, Information Technology Manager na prova Azores Rallye e estudante da Licenciatura em Informática na Universidade dos Açores.

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