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Portugal tem jovens muito qualificados, mas apresenta baixa produtividade

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Indíce

Existe uma relação positiva e significativa entre as qualificações médias da força de trabalho e a produtividade. No entanto, em Portugal verificasse um desfasamento da produtividade por comparação à média da União Europeia (UE). Apesar do país ter vindo a aumentar a sua qualificação.

Nível de qualificação portuguesa

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior refere que 446.028 alunos estiveram inscritos em 2022/23 nas universidades e politécnicos portugueses. Isto traduz-se num aumento de 3% comparativamente ao ano anterior.

Sendo que, este aumento advêm de uma tendência que se verifica desde 2015-2016 (358.450), registando um crescimento acumulado de 24%.

Aproximadamente 75% dos estudantes estavam inscritos em ciclos de estudos de formação inicial, dos quais, 21.263 estavam em cursos técnicos superiores profissionais, 277.206 em licenciaturas e 37.201 em mestrados integrados.

Também se averiguou um aumento dos alunos inscrito em mestrados (82.610) e doutoramentos (25.202).

Verificou-se, em 2022, que, daqueles que se inscreveram no 1º ano pela primeira, em quase todas as áreas de educação e formação existia uma maior presença de mulheres do que homens.

Em síntese, o nível de qualificações da população portuguesa, verifica-se um crescimento ao longo das últimas décadas. Apenas 7% dos cidadãos, em 2002, com mais de 16 anos tinha terminado o ensino superior. Em 2012, o valor que mais do que duplicou (14,6%), voltando a subir em 2022 o número de adultos já tinha pelo menos uma licenciatura (24,5%).

Produtividade portuguesa

Apesar do valor da produtividade por hora trabalhada tem vindo a aumentar ao longo das últimas duas década, em Portugal. Ainda existe diferenças significativas da produtividade em relação à média da União Europeia (UE).

Portugal, em 2002, apresentava uma produtividade por hora trabalhada de 14,6€, enquanto a média da UE era de 26,8€. De acordo com o Pordata, em 2012, o valor gerado por hora era de 19,8€ em território nacional, enquanto na EU era de 35,4€.

Mais recentemente, em 2021, a produtividade real para o país era de €24,3 que contrasta com €43,6 na média europeia.

No ranking europeu de produtividade Portugal está no fim da lista com 72,1% dos níveis registados na Zona Euro. Posicionando-se somente abaixo à Eslováquia (71,1%) e da Grécia (66,4%).

Causas da baixa produtividade

Mas afinal, se não é falta de qualificações, qual a razão para Portugal ter uma produtividade baixa? Bem existem algumas causas para este efeito.

Por um lado, há quem defenda que a produtividade não depende exclusivamente das qualificações dos trabalhadores, porque ainda se deve considerar os processos de trabalho, o grau de digitalização das empresas, a competitividade das organizações e a própria dimensão das empresas do tecido económico português e a sua relação com as exportações.

Por outro lado, é preciso considerar que o peso das gerações mais velhas (e também menos qualificadas) no mercado de trabalho continua a ser muito significativo dai ser necessário apostar na requalificação profissional e na atualização de competências.

Outro argumento que também é discutido nesta temática de baixa produtividade, em Portugal, é a fuga de mão de obra qualificada para o exterior. Então Portugal acaba por suportar os custos com a educação dos estudantes, porém é o exterior que beneficia com a mão de obra altamente qualificada, porque remunera melhor. Os número de emigrantes aumentou de 2012 para 2022, sendo que, os valores aumentaram para jovens entre os 20 e 24 anos estavam fora do país por mais de um ano era de 20,7%, enquanto que na faixa etária de 25-29 anos 21,9% (Dados do INE).

A baixa produtividade, em Portugal, pode parecer para alguns uma inevitabilidade, mas não para Manuel Carlos Nogueira (Economista e professor Universitário): “Não é uma situação no nosso ADN. Os nossos trabalhadores emigrantes são muito requisitados pelo exterior”. Por este motivo é necessário agir para reverter a situação. De acordo com o Expresso, os especialistas apontam como solução três níveis de intervenção: os trabalhadores, a gestão das empresas e as políticas públicas.

Fonte: Expresso

Autor

  • Beatriz Oliveira

    Beatriz Oliveira registada na Ilha Graciosa, estudou Gestão na Universidade dos Açores. Durante este período teve a oportunidade de desempenhar a função de Relações Empresariais no Núcleo de Estudantes de Economia e Gestão. Após concluir a licenciatura tirou uma pós-graduação em Marketing Digital no IPAM. Atualmente é aluna, do mestrado de Economia Internacional e Estudos Europeus, do ISEG.

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