SMART SUMMIT

Semana de 4 dias de trabalho: como surge e o que é ou será feito em Portugal 

Facebook
LinkedIn
Email
WhatsApp

Indíce

Será, este ano, implementado o programa-piloto da semana de 4 dias. Entenda a origem desta ideia, conheça o projeto que se destina a Portugal e descobre quais as empresas em Portugal que já utilizam este formato. 

De onde surge a ideia da semana de 4 dias  

Embora o conceito de uma semana de 4 dias de trabalho pareça algo moderno a realidade é que já não é novo.  

A semana com 4 dias de trabalho tem sido um dos tópicos mais discutidos em negócios nos tempos recentes, sendo anunciado como uma inovação social bem relevante”.  

Artigo da “California Management Review”, 1975  

Em 1926, a Ford Motor Company instituiu como formato a semana de 5 dias acabando com a semana de trabalho de 6 dias, mantendo os salários e aumentando a produtividade e qualidade de vida. Em 1956, o presidente dos EUA Richard Nixon referiu que a semana de 4 dias se verificaria “em um futuro não tão distante”. Após quase 70 anos a adoção do modelo é relativamente inexistente. 

Mais recentemente assistimos, entre 2015 e 2019, à Islândia efetuar o maior projeto piloto já feito. O programa baseia-se numa jornada de 4 dias, com 2.500 trabalhadores. Como resultado, averiguou-se resultados pertinentes na produtividade e satisfação que fez as organizações e trabalhadores aceitar a alteração do padrão. Assim, pondera-se que aproximadamente 90% da população islandesa tenha modificador ou o irá fazer brevemente para esta configuração. 

Projeto piloto do Governo para 2023 

De acordo com o despacho publicado a 20 de dezembro, introduzido o projeto piloto, este ano que traduz-se na avaliação da aplicação da semana de quatro dias de trabalho, com redução da carga horária, sem penalizar a remuneração. Destina-se especificamente as entidades empregadoras e aos colaboradores que desejam incorporar a medida. 

Divulgado, em 2022, de modo, a proceder à inscrição das empresas interessadas e a uma primeira fase de preparação. As entidades registadas no programa-piloto serão avaliadas em todo o decurso da iniciativa. Sendo que, se irá recorrer a indicadores relativos à empresa, nomeadamente, a produtividade e custos intermédios, assim como, ao bem-estar e saúde dos trabalhadores utilizando, para tal, uma metodologia que será definida pela equipa coordenadora. 

Incumbe-se, a responsabilidade de execução e gestão da proposta, ao Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP). O IEFP ainda financiará o projeto até 350 mil euros. Além disso, o IEFP indica o coordenador executivo, enquanto a Birkbeck University of London escolhe um coordenador científico e a equipa científica para apoiar na preparação de conteúdos de informação, sensibilização, divulgação e ainda na construção de ferramentas de recolha e análise de dados. 

Pelo que foi anunciado pelo Governo à Comissão Permanente de Concertação Social, o programa irá ser lançado em junho deste ano para as empresas privadas, pelo prazo de seis meses e sem incentivos financeiros públicos. Todavia, poderá abranger o setor público, caso os resultados sejam satisfatórios. 

Empresas em Portugal  

Num artigo anterior verificamos os resultados obtidos por empresas britânicas que testaram a semana de 4 dias. Conheça agora as empresas portuguesas que testaram esta medida em diferentes modelos. 

A 360imprimir.pt, desde 2022, decidiu adotar este formato. A ideia surge, posteriormente, ao facto da empresa ter fechado os seus escritórios em Lisboa e em Braga, adotando o teletrabalho. A firma executa um modelo de 36 horas de trabalho em quatro dias por semana de forma experimental, por dois anos. 

Apesar, de com algumas modificações a Feedzai também retomará este modelo. 

A PHC Software irá conceder aos funcionários tirar 12 sextas-feiras anuais para tempo pessoal. Desta forma, estabelece a semana de quatro dias sem compensação horária.  

O Doutor Finanças, a seguir a uma primeira experiência, restabeleceu a semana laboral de 32 horas. Sendo que, os rendimentos dos trabalhadores não são alterados pela redução de horário. 

A Sonae, que detém o Continente e a Worten, concede uma tarde aos trabalhadores dos escritórios. 

A empresa Bmviv, que atualmente oferece folga aos colaboradores na sexta-feira à tarde, considera proceder em 2023 para o formato da semana de trabalho de quatro dias, num regime laboral de 36 horas semanais. Embora, as folgas às sextas-feiras à tarde envolve que os funcionários em troca uma das sextas efetuassem trabalho de voluntariado na comunidade, ligado a causas de responsabilidade social da própria empresa. 

Fonte: O novo Normal, SOL e TCF 

Autor

  • Beatriz Oliveira

    Beatriz Oliveira registada na Ilha Graciosa, estudou Gestão na Universidade dos Açores. Durante este período teve a oportunidade de desempenhar a função de Relações Empresariais no Núcleo de Estudantes de Economia e Gestão. Após concluir a licenciatura tirou uma pós-graduação em Marketing Digital no IPAM. Atualmente é aluna, do mestrado de Economia Internacional e Estudos Europeus, do ISEG.

    View all posts

Patrocinar Smart Summit

Ajude a fomentar o empreendedorismo nos Açores. Deixe o seu interesse e enviamos as condições para patrocinar o Smart Summit

Attendee Smart Summit Lagoa 2024

Não perca a oportunidade e participe no Smart Summit Lagoa 2024. Inscreva-se Gratuitamente!