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Semana de trabalho de quatro dias: quais os países que já aderiram

Uma semana de trabalho de quatro dias vem novamente ao de cima após a pandemia, o que leva a repensar os benefícios da flexibilidade laboral.
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Indíce

O tópico de uma semana de trabalho de quatro dias vem novamente ao de cima após a pandemia COVID-19. A mesma, obrigou os empregadores e empregados a repensar a importância da flexibilidade laboral e seus benefícios.

Uma semana de trabalho de quatro dias vem novamente ao de cima após a pandemia, o que leva a repensar os benefícios da flexibilidade laboral.

Conceito

Primeiramente, a ideia é simples. Os trabalhadores trabalhariam quatro dias por semana, recebendo a mesma quantia de salário e beneficiando das mesmas regalias, sendo a carga laboral a mesma. 

As empresas assim reduzem a sua semana de trabalho, operando com menos reuniões e mais trabalho independente. 

Esta temática entende-se como o futuro da produtividade dos trabalhadores e equilíbrio entre o profissional e o pessoal. Os adeptos deste sistema, sugerem que quando implementado, a satisfação no trabalho por parte dos colaboradores irá aumentar, bem como a sua produtividade. 

Uniões mercantis presentes na Europa já desafiam os seus governos a implementar este sistema. Contudo, quais são, atualmente, aqueles que já implementaram o sistema de quatro dias de trabalho por semana e como está a correr até agora?

Países aderentes

Atualmente, a semana de quatro dias de trabalho já se encontra presente em países europeus. Bélgica, Inglaterra, Japão e Islândia já possuem empresas aderentes ao sistema de quatro dias de trabalho por semana, sendo este o último (Islândia), aquele que se classifica como pioneiro do sistema e exemplo para os restantes, devido aos seus resultados extremamente positivos consequentes da implementação do sistema.

Inglaterra após a sua triagem verificou aumentos positivos nos seus níveis de produtividade e uma elevada satisfação por parte do colaborador em relação ao trabalho. 

No Japão, as suas grandes empresas já trabalham com uma semana de quatro dias, como consequência do comunicado do governo japonês de 2021 que anuncia o seu plano para alcançar uma melhor relação profissional-pessoal pela nação, combatendo assim as consequências negativas provenientes do burnout e do overwork que afeta inúmeros cidadãos japoneses.

Em triagem

Existem, ainda, países que se encontram num cenário de triagem do sistema. Escócia, inicia agora uma triagem no seu governo. Os trabalhadores têm os seus horários reduzidos em 20% sem perda de valores remuneratórios. Analogamente, Espanha inicia um programa piloto para testar uma semana de trabalho de horário reduzido. As PMEs espanholas vêm a sua semana de trabalho reduzida em pelo menos meio dia, sem perdas remuneratórias. Em Gales, inicia-se uma petição para início de um projeto piloto com fins de testar esta teoria de uma semana de quatro dias.  

Entretanto, em Nova Zelândia, 81 trabalhadores da Unilever, iniciam agora uma triagem da semana de quatro dias que durará um ano. Se a experiência for um sucesso, será iniciado triagens em outros países.

Potenciais aderentes

A Alemanha possui uma panóplia de empregados e empregadores interessados na testagem deste sistema. O país alemão já se apresenta como um dos países com menor horas de trabalho. Decisões concretas em implementar o sistema ainda se encontram incertas. 

Os Estados Unidos e o Canadá, do mesmo modo, apresentam bastante interesse na implementação desta estratégia de horário reduzido. Um estudo efetuado pela Qualtrics, verificou que a maioria dos cidadãos norte-americanos têm interesse em implementar uma semana de quatro dias de trabalho. Este estudo analisou, também, que 79% dos cidadãos norte-americanos afirmam que uma semana de trabalho nesta tipologia iria melhorar a sua saúde mental. 82% afirma que os iria tornar mais produtivos. Além disso, 38% afirma que os iria incentivar à procrastinação, enquanto 60% argumenta o inverso. 89% responderam que dias pagos para efeitos de cuidado da sua saúde mental os iria permitir melhorar a sua produtividade e recarregar as suas energias. 87% afirma que estes mesmos dias iriam reduzir o burnout e melhorar a saúde no geral. 

Em seguida, no Canadá, 63% de médias empresas canadianas com cerca de 100-500 empregados afirmam que estariam preparados para implementar uma semana de trabalho reduzida.  

Todavia, existem países que ainda se encontram reticentes ao sistema de horário reduzido. Seja como for, a Suécia, por instância, já conduziu a experiência em 2015, porém, com resultados ambíguos. Nem todas as partes interessadas no tópico estavam a favor da implementação do sistema, duvidando das suas capacidades de aumento de produtividade.  

Em suma, resultados positivos foram observados num teste efetuado num hospital universitário o qual alterou o seu horário laboral aos seus 80 enfermeiros e médicos para um horário de seis horas por dia. Este teste, todavia, sofreu várias críticas e não foi renovado. A fabricante de carros Toyota escolheu permanecer com o horário reduzido nos seus colaboradores.  

Esta decisão foi tomada há uma década atrás e hoje, permanece com a sua decisão. 

Fonte: Euronews, 2023 

Autor

  • Marcelo Reis

    Origino das áreas de Gestão e Banca. Tenho um amor forte pela área de Gestão de Recursos Humanos, Liderança de Equipas e Comunicação. Acredito que uma boa gestão dos recursos humanos em uma organização é o pilar fundamental para o sucesso da mesma!

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