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Redes Sociais sem Anúncios e o Comércio a Retalho

Redes Sociais sem Anúncios e o Comércio a Retalho
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Indíce

A Meta, a empresa responsável pelo Instagram e Facebook, introduziu, este mês na Europa, opções de subscrição para aceder às redes sociais sem anúncios. Esta decisão que está, essencialmente, relacionada com o respeito pelo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), trará grandes impactos no panorama da publicidade do comércio a retalho.

O Marketing de influência no comércio a retalho

Com a adoção global das subscrições de redes sociais sem anúncios espera-se, claro, uma diminuição nos gastos da publicidade nestes canais. Pelo menos, no formato a que estamos habituados.

Ainda que, para os utilizadores seja uma excelente notícia, para os retalhistas, traz a necessidade de procurar por outros meios para publicitar as marcas. Esta alternativa vai criar, assim oportunidades tanto para os influenciadores, que serão imprescindíveis para as marcas continuarem a marcar presença, como para os principais retalhistas.

A verdade, é que esta versão paga não afetará os influencers, que têm reunido cada. vez mais seguidores fiéis. Aliás, com esta mudança, eles passarão a ser uma peça essencial para as marcas. Por isso, o marketing de influência é, claramente, uma tendência crescente do marketing. Mais concretamente, o marketing com micro-influencers, que as marcas procuram cada vez mais para fazer este trabalho. Os micro-influencers são uma alternativa mais segura, uma vez que, apesar de menos público, têm uma maior proximidade com ele, gerando, à partida, mais confiança.

Onde entram os grandes comércios?

Por conta destas mudanças, também os principais retalhistas omnicanal poderão recolher boas recompensas.

As empresas de venda direta, que dependiam de anúncios em redes sociais, enfrentam cada vez mais desafios na obtenção de retornos significativos. E este problema, só terá tendência a aumentar, visto que, provavelmente, a visualização dos anúncios irá diminuir. No entanto, é uma oportunidade para estas empresas começarem a explorar possíveis parcerias de revenda com grandes comércios que têm poder de investimento em anúncios, e para explorarem os negócios em lojas físicas, com uma maior exposição dos produtos.

O dropshipping poderá também ser uma das alternativas para estes retalhistas, para maior visibilidade dos seus produtos no mundo digital. Alternativas como a Worten, que tem no seu website, lojas de “tudo e mais não sei quê”, ou como a gigante Amazon, são uma forma de pequenas empresas terem uma fatia do mercado, marcando presença no digital e ganharem uma visibilidade maior do que se apenas continuassem com o seu próprio website.

O Renascimento do Atacado

Por fim, estes desenvolvimentos podem marcar declínio de quase três décadas do movimento de venda direta ao consumidor. O artigo da Forbes que traz estas expectativas, indica que, apesar de ser ousado atribuir esta transformação às redes sociais sem anúncios, que ainda agora começaram, é uma extensão lógica de tendências mais amplas.

Vários problemas estão, claro, a influenciar esta transformação para além das redes sociais premium. Desde o impacto da pandemia, aos constantes desafios de rentabilidade para os pequenos comércios, passando pelo crescimento do comércio omnicanal e, até pela luta dos grandes comércios contra as pequenas empresas que vão surgindo nas redes sociais.

Em conclusão, o panorama do comércio parece estar à beira de um renascimento do atacado e o panorama publicitário irá sofrer grandes alterações. Mantenha-se atento a uma nova era da publicidade.

Autor

  • Tânia Amaral

    Estudou Publicidade e Relações Públicas na Escola Superior de Educação de Viseu, trabalha como Responsável de Marketing a tempo inteiro e faz trabalhos em regime freelancer na área de design e gestão de comunicação, conteúdos e redes sociais. É apaixonada pelas palavras e tem o blog Este Outro Mundo, de escrita criativa, há mais de 10 anos. Está em constante procura da melhor forma de tornar as marcas mais humanas e das novas tendências de comunicação.

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